Aquário de Ilusões


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Era mesmo absoluta
A verdade de um peixe
Que respira em seu aquário de ilusões

Tão cortejados: O dia pela noite
E a noite pelo dia
A caneta pelo papel
E o papel moeda

A poesia que quase morre
E não

Um pedaço de tecido invisível vou te dar

Faça uma "venda", cubra os olhos
É tão lindo o que se faz com ele
Talvez você volte a ver
Mas não abra tanto os olhos

Sabe-se lá o que vai
Ver

E de olhos bem fechados eu vou respirar
Ver o futuro pelo furo da história
Num tempo sem memórias

Anestesiado de realidade
Nem sinto mais o anzol

E morro pela boca, se fico fora d'água
Respiro fundo

Respiro, fundo, respiro, fundo, respiro
Fundo!


Autor(es): Ângelo B. Sadra