Maria Bethânia

Gente Humilde [De Santo Amaro a Xerém (ao Vivo)]


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Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar

Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que segue em frente sem nem ter com quem contar

São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima "é um lar"
Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar

Aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio, peço a Deus por minha gente
Gente humilde, que vontade de chorar


Autor(es): Chico Buarque / Vinícius de Moraes