Arreio de Prata


O meu cavalo dos arreios prateados
E a namorada, muito amada, agarrada na garupa
Me protegendo dos malefícios da vida
E agarrada, muito amada, na garupa do cavalo

Iê, iê arreio de prata, uou, uou eu todo prateado
Muita boiada, muita cerca colocada
E as meninas proibidas de fazer amor mais cedo
E o meu cavalo e a sua égua malhada
Fazendo amor no terreiro da morada das meninas

E relinchavam, pois gozavam liberdade
E as meninas não podiam nem gozar da vaidade
E as meninas até sonhavam com a cidade
E com os rapazes que por ventura encontrassem
E olhavam tanto para o meu cavalo
se imaginavam éguas e eu todo prateado
e olhavam tanto tanto para meu cavalo
Se imaginavam éguas e eu todo prateado


Autor(es): Rodolfo Aureliano / Tito Livio